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40 anos sem Janete Clair, a senhora das oito

Há exatos 40 anos atrás em 16 de novembro de 1983 a teledramaturgia perdia sua autora mais famosa, Janete Clair.

Janete Clair era o nome artístico de Janete Emmer que nasceu em 25 de abril de 1925. Começou como cantora, mas na década de 1950 passou a escrever novelas pro rádio e foi no rádio que conheceu seu marido, o dramaturgo Dias Gomes. Sua primeira novela foi Perdão meu filho pela Rádio Nacional, na década de 1960 começou a produzir novelas pra televisão e as duas primeiras foram O Acusador e Paixão proibida, ambas pela Tupi. Ficou por uma temporada em Minas e voltou pro Rio. 

Em 1967 Janete recebe a missão de dar uma sacudida na novela Anastácia, a mulher sem destino na TV Globo e inseriu um terremoto que matou metade dos personagens e a audiência subiu. A partir daí ela ficou em definitivo na emissora e encerrou a era da autora cubana Gloria Magadan. Escreveu as novelas Sangue e Areia, Passo dos Ventos, Rosa Rebelde e Véu de Noiva. A partir de Irmãos Coragem, novela de 1970 ela muda a forma do brasileiro ver novela e a trama faz com que a Globo assumisse definitivamente a liderança nacional de audiência. Em 1972 a novela Selva de Pedra alcança 100% dos televisores ligados no capítulo que a identidade de Rosana Reis (Regina Duarte) foi revelada. Outro sucesso da década foi Pecado Capital (1975) que foi escrita às pressas para substituir Roque Santeiro que foi censurada pela ditadura, em 1977 a novela O Astro fez parar o país com o mistério de quem matou Salomão Hayalla, feitos que a fizeram ser conhecida como A maga das oito. 


Em 1983 ressuscitou o horário das novelas das 10 com Eu Prometo e mesmo com a saúde debilitada Janete escreveu até o capítulo 60, a partir daí quem assumiu a autoria foi Gloria Perez que iniciava carreira como autora. Gloria e Dias Gomes concluíram a novela em fevereiro de 1984. Janete morreu em 16 de novembro de 1983 vitimada por um câncer no intestino. Sua morte enlutou a dramaturgia.

Vejamos como a imprensa registrou o acontecimento.





Nos jornais de 17 de novembro O Globo trouxe a repercussão da morte da novelista assim como o Correio Braziliense e Estadão. A revista Manchete dedicou capa e 12 páginas com depoimentos de Artur da Távola e Gilberto Braga, já falecidos.

E aqui temos um Globo Repórter dedicado à memória da autora.

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