Há exatos 50 anos completos hoje, 25 de abril Portugal se libertava de uma ditadura que durou quatro décadas e que ficou conhecida como a Revolução dos Cravos.
A ditadura que surgiu em 1933 foi liderada por Antônio de Oliveira Salazar que controlou o país através do Estado Novo, um regime de inspiração fascista. Salazar ficou no poder até 1968 quando sofreu uma queda e foi declarado incapaz até sua morte em 1970 assumindo Marcelo Caetano.
No dia 24 de abril um grupo de militares comandado por Otelo Saraiva de Carvalho instala de forma secreta o posto de comando do movimento golpista e a canção E depois do adeus é transmitida, horas depois a canção Grândola, Vila Morena é transmitida confirmando o golpe militar e dando início às ações. Durante o dia as tropas invadiram o Quartel do Carmo e no final Marcelo Caetano se rende sinalizando o fim da ditadura assumindo o poder o general Antônio Spínola. No dia seguinte é formada a Junta de Salvação e são decretadas uma série de medidas entre as quais destaca-se o fim da censura e a legalização dos partidos políticos. Aos poucos os presos políticos são libertados e outros voltam de seus exílios. Um ano depois foram realizadas eleições livres para formação da Assembleia Constituinte e no ano seguinte a Constituição foi promulgada e Ramalho Eanes é eleito presidente.
Muito se discute sobre o legado da revolução dos Cravos na sociedade portuguesa, mas quase todos concordam numa coisa: a revolução ocorrida em 1974 trouxe dividendos que representaram avanços nos mais diversos estratos da sociedade.
Vejamos como a imprensa brasileira registrou o fato.
Nos jornais do dia seguinte as manchetes anunciavam a ascensão de Spinola e a queda do regime, a revista Veja dedicou duas capas seguidas ao tema e Manchete trouxe 16 páginas na edição de 11 de maio.
0 $type={blogger}:
Postar um comentário