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25 anos sem o síndico da MPB Tim Maia

Há exatos 25 anos atrás a música brasileira ficou sem seu síndico com a morte de Tim Maia. 

Sebastião Rodrigues Maia, ou simplesmente Tim Maia introduziu na MPB o soul e o funk sendo conhecido como um dos maiores ícones da nossa música. Iniciou carreira no conjunto The Sputniks onde conviveu com Jorge Benjor que deu o apelido de síndico no hit W/Brasil de 1991 e Erasmo Carlos. Nos Estados Unidos conheceu o soul e lá foi preso por porte de drogas e roubo. Deportado voltou ao Brasil e em 1970 lançou seu primeiro disco que leva seu nome e emplacou hits como Azul da Cor do Mar e Primavera, depois vieram outros discos com canções de destaque como Não quero dinheiro (Só quero amar), Réu confesso, Sossego, Acenda o farol e Gostava tanto de você. Entre 1974 e 1975 aderiu a doutrina Cultura Racional e lançou dois discos com destaque para a canção Que Beleza. Desiludido retornou ao seu estilo musical e nos anos 80 lançou novos hits de destaque como Do Leme ao Pontal, O Descobridor dos Sete Mares, Leva, Um dia de domingo em parceria com Gal Costa e Me dê motivo. Se tornou o primeiro artista independente a gravar suas músicas por uma gravadora própria, a Vitória Régia. Na década de 1990 passou por problemas de saúde causados pela obesidade, uso constante de drogas e polêmicas com as empresas do Grupo Globo. 




Na noite de 8 de março de 1998 Tim Maia iria gravar um show para o canal de TV paga Multishow no Teatro Municipal de Niterói, passou mal e foi levado de ambulância, ficou uma semana internado e depois de duas paradas cardíacas Tim Maia se foi em 15 de março aos 55 anos vitimado por falência múltipla de órgãos e eu fiquei sabendo da morte dele no Domingo Legal quando o saudoso Gugu Liberato anunciou a sua morte em meio à uma conversa com Ratinho que naquele fim de semana saía na capa da revista Veja e eu estava na espera pela corrida inicial da Fórmula Indy em Miami. O seu legado é amplo e sua obra influenciou cantores como seu filho Léo Maia e o sobrinho Ed Motta. Em sua carreira gravou 32 álbuns sendo 29 de estúdio e 3 ao vivo e teve 34 singles de sucesso, tanto é que a revista Rolling Stone Brasil classificou Tim como um dos maiores cantores do Brasil em todos os tempos. 

Vejamos como a imprensa brasileira registrou a morte de Tim Maia.










O Globo trouxe no canto direito da primeira página a manchete O adeus ao síndico do soul brasileiro e trouxe matéria de 3 páginas, o Estadão deu manchete sem foto e a Folha trouxe a manchete MPB perde a alegria de Tim Maia.




O velório foi no dia seguinte e O Globo registrou no Segundo caderno a despedida com o título Motown no sertão.

Manchete dedicou capa e oito páginas sobre a morte do cantor e o título definiu bem o que representou na música, a alma do Brasil.

E para fechar trago um clipe de Tim feito para o Fantástico, O Descobridor dos sete mares gravado em 1983.

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