Ontem fez 40 anos que a Fórmula 1 perdeu um de seus mais arrojados e talentosos pilotos que já passaram pela categoria e hoje o Contando a História relembra Gilles Villeneuve.
O canadense Gilles Villeneuve começou no automobilismo em 1975 e foi bicampeão americano da Fórmula Atlantic em 1976 e 1977. No mesmo ano em uma corrida em Trois Rivieres venceu pilotos da Fórmula 1 entre eles o então campeão mundial James Hunt que ficou impressionado pelo desempenho e o convidou para dirigir o terceiro carro da McLaren no GP da Inglaterra em Silverstone. Na corrida Villeneuve chegou em 11º. O seu estilo arrojado o levou a Ferrari ainda na temporada 77 e na tradicional equipe italiana Gilles Villeneuve foi responsável pelos momentos de bravura e arrojo ao extremo além de uma série de acidentes impressionantes, o mais grave no Grande Prêmio do Japão quando numa disputa de posição com o sueco Ronnie Peterson as rodas encavalaram e o carro decolou contra a arquibancada matando dois espectadores que estavam em local proibido.
Pela Ferrari Gilles Villeneuve foi vice campeão em 1979 sendo superado pelo sul africano Jody Scheckter. Na temporada de 1980 a equipe não fez um carro à altura do talento e em 1981 venceu duas corridas. Dentre os momentos mais marcantes destaca- se a disputa ferrenha com o francês René Arnoux no GP da França de 1979 num duelo em que nenhum dos dois pilotos tirou o pé até que Gilles ultrapassou Arnoux na última volta e ficou com o segundo lugar.
A temporada de 1982 se iniciava com a Ferrari favorita e Villeneuve candidato ao título, mas havia um companheiro de equipe que não iria deixar barato, o francês Didier Pironi e o estopim para a briga foi o GP de San Marino disputado em Ímola na Itália. Essa corrida ficou marcada por ter 7 equipes no grid devido ao boicote das demais equipes por divergência política. A corrida foi disputada e os dois pilotos travaram duelo e Pironi ultrapassou Villeneuve nas voltas finais quebrando o acordo firmado entre os dois e a equipe vencendo a prova. No pódio Villeneuve fez cara de poucos amigos e isso acabou virando uma crise interna que acabaria terminando muito mal. Nos treinos de classificação do GP da Bélgica disputado em Zolder Gilles Villeneuve encontrou a morte. Na tentativa de superar o companheiro Pironi Gilles Villeneuve acabou se chocando com a March de Jochen Mass que voltava aos boxes. O choque lançou a Ferrari ao ar a uma velocidade de 220 km/h e Villeneuve foi arremessado para fora do carro destruído por 50 metros. Levado ao hospital foi declarado morto horas depois. A morte de Villeneuve não foi a única naquela temporada, pois no Grande Prêmio do Canadá o italiano Ricardo Paletti morreu ao se chocar com Pironi que ficou parado no grid. Gilles era pai de Jacques Villeneuve que 15 anos mais tarde seria campeão mundial correndo pela Williams.
Aqui as primeiras páginas de O Globo, Estadão e Folha no dia seguinte, 9 de maio.
As reportagens sobre a morte desses mesmos jornais e o Correio e ainda matéria de página dupla em Manchete publicada em 22 de maio.
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