O Contando a História traz hoje um caso que chocou o país há exatos 25 anos atrás, a morte cruel do índio Galdino.
Galdino Jesus dos Santos era cacique da tribo pataxó e ele veio à Brasília na semana do Dia do índio para tratar questões relativas à demarcação de terras indígenas no sul da Bahia. Após a finalização das comemorações Galdino voltou à pensão onde estava hospedado, mas foi impedido de entrar por causa do horário e abrigou - se em uma parada de ônibus na 703 Sul. Lá ele dormiu até que cinco jovens que saíram de uma balada resolveram fazer uma brincadeira que acabaria sendo mortal. Eles atearam fogo usando fósforo e álcool no índio. Uma testemunha que passava no local anotou a placa e acionou a polícia enquanto outras pessoas ajudavam a apagar o fogo. Galdino foi levado ao Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) onde acabaria falecendo após um dia pois teve 95% do corpo queimado em ferimentos causados por queimaduras de segundo e terceiro graus. Os cinco assassinos - Gutenberg Nader Almeida Júnior, Tomás Oliveira de Almeida, Eron Chaves Oliveira, Max Rogério Alves e Antônio Novély Villanova eram jovens de classe média alta de Brasília e eles alegaram dar um susto em Galdino, ou seja tudo não passou de uma brincadeira mortal. Os assassinos foram julgados e condenados em 2001 por homicídio doloso, com intenção de matar e tiveram a pena de 14 anos de prisão estabelecida, mas em 2004 os condenados receberam o livramento e em 2011 a pena foi cumprida. Apesar de atualmente todos eles serem servidores públicos carregam a pecha de criminosos que foram impunes pois eles não pagarão pelo crime que cometeram.
Veja aqui como a imprensa cobriu o caso:
- Aqui temos duas páginas do Correio Braziliense, infelizmente ainda não tem o acervo completo dos anos 90 na Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional.
- O Globo dedicou seis páginas ao tema e na primeira página o editorial Razões da Selvageria destacava os motivos do crime.
- O Estadão destacou o tema em três páginas do seu caderno Cidades.
- E a Folha repetiu a manchete do Estadão e dedicou quatro páginas no caderno Cotidiano.
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