Há exatos 35 anos completados na última sexta-feira a alegria se foi com a morte do Velho Guerreiro.
Abelardo Barbosa, o Chacrinha foi um dos maiores comunicadores da história do país junto de monstros sagrados como Silvio Santos, Flávio Cavalcanti e tantos outros. Com irreverência trouxe alegria para a televisão numa carreira que começou no rádio como locutor da Rádio Tupi no Rio de Janeiro, depois passou pela Rádio Fluminense onde surgiu o nome artístico que consagraria de vez com o programa Rei Momo na Chacrinha. Na década de 1950 com o Cassino do Chacrinha radiofônico lançou nomes que depois se consagrariam na MPB.
Sua estreia na televisão foi em 1956 pela extinta TV Tupi no programa Rancho Mister Chacrinha e depois veio a Discoteca do Chacrinha. Na década de 1960 tem seu programa exibido pelas TVs Rio, Paulista e Excelsior. Em 1967 teve sua primeira passagem pela TV Globo onde comandou dois programas: a Buzina do Chacrinha e a Discoteca do Chacrinha. Saiu de forma conturbada da emissora em 1972 e no ano seguinte retornou à Tupi onde ficou até 1978 e ainda teve uma breve passagem pela TV Record. Ficou na Band entre 1978 e 1982 quando voltou pra Globo e ressuscitou o Cassino do Chacrinha nas tardes de sábado numa concorrência forte com Bolinha e Raul Gil. O Cassino reunia no antigo teatro Fênix os grandes nomes da música numa verdadeira algazarra e os jurados ajudavam a bagunça ficar mais completa. Um outro elemento que ajudou a fazer sucesso eram as chacretes, as assistentes de palco que dançavam as coreografias e recebiam nomes exóticos e as mais famosas foram Rita Cadillac, Fátima Boa Viagem, Fernanda Terremoto entre outras. Seus figurinos eram espalhafatosos e a inseparável buzina era o terror dos calouros,.além disso criou frases históricas como nada se cria, tudo se copia, uma frase muito citada no mundo da televisão, outra frase marcante é quem não se comunica se trumbica. Eu vim para confundir, não para explicar foi outra frase pra mostrar que a bagunça imperava. E para chamar o público ele bradava Terezinha! e o auditório respondia com gritos, Vocês querem bacalhau! também é outra frase que caiu no gosto popular.
O Velho Guerreiro completou 70 anos em 1987 e ao mesmo tempo foi enredo da escola de samba Império Serrano que cantou o enredo Quem não se comunica se trumbica - Com a boca no mundo. No ano de 1988 já doente foi substituído pelo ator Paulo Silvino e depois pelo humorista João Kléber. Na noite do dia 30 de junho Chacrinha sofre um infarto no miocárdio que foi fatal. Ele tinha câncer no pulmão e sofreu de insuficiência respiratória. No dia seguinte Chacrinha foi sepultado e o cortejo reuniu 30 mil pessoas até o cemitério São João Batista onde foi enterrado. O último programa foi ao ar no sábado, 2 de julho.
Vejamos como a imprensa cobriu o fato:
O Correio Braziliense publicou uma nota resumida na primeira página da edição do dia 1º de julho. O Globo e o Jornal do Brasil deram a nota em edições atualizadas.
O enterro também mereceu destaque nos jornais e ainda resumia sobre o último programa.
A revista Manchete dedicou capa e 10 páginas na edição de 16 de julho.
E aqui trago dois vídeos. Um é o Globo Repórter especial do dia seguinte à morte do apresentador e claro, o último Cassino do Chacrinha em reprise do canal Viva.
0 $type={blogger}:
Postar um comentário