Hoje, 23 de junho faz 25 anos de uma perda que traumatizou a música sertaneja, a morte do cantor Leandro.
De plantador de tomate em Goianópolis à ídolo da música sertaneja, tudo foi rápido na vida de Luiz José da Costa, nascido em 15 de agosto de 1961 e a música entrou na sua vida quando formou com Emival Eterno a dupla Leandro e Leonardo. A dupla começou carreira em 1984 quando gravaram o primeiro disco e os exemplares foram distribuídos para os bares, depois gravaram outro disco e em 1989 se tornaram conhecidos em todo o Brasil com a música Entre tapas e beijos.
A consagração nacional veio em 1990 quando gravou Pense em Mim. O hit foi um dos mais executados nas rádios do país em 1991, ano que o gênero deixava de ser exclusivo das rádios AM para ocupar as rádios FM na mesma época que Chitãozinho e Xororó já tomava conta das rádios e ao mesmo tempo surgia a dupla Zezé di Camargo e Luciano.
Em abril de 1998 durante uma pescaria Leandro sentiu dores e nos dias seguintes foi diagnosticado com um tipo raro de câncer no pulmão, conhecido na medicina como tumor de Askin. A partir de então Leandro passou por duas cirurgias, mas o tumor não regrediu. Uma de suas últimas aparições foi no dia da estreia do Brasil na Copa do Mundo na França onde apareceu careca e envolvido pela bandeira do Brasil.
Logo depois o cantor sofreu uma parada cardiorrespiratória sendo levado às pressas para a UTI do Hospital São Luiz em São Paulo onde ficou internado por uma semana até morrer nos primeiros minutos do dia 23 de junho de 1998 vitimado por uma falência múltipla de órgãos. O velório na Assembleia Legislativa de São Paulo reuniu 25 mil pessoas. O irmão Leonardo só ficou sabendo da morte após o show que fazia na Bahia e no dia seguinte se despediu do irmão. No dia 24 Leandro foi sepultado em Goiânia no Cemitério Parque das Palmeiras e nesse dia as emissoras de TV brasileiras priorizaram o funeral do cantor deixando de lado a Copa do Mundo. A Record exibiu os funerais e as outras transmitiram o segundo tempo do jogo entre França e Dinamarca.
Naquele dia a morte do cantor acabou com o clima de euforia que tinha por causa do jogo do Brasil contra a Noruega, tanto é que nem coloquei a TV para ver a partida do lado de fora e fui pra casa dos meus tios e não deu nem pra torcer, pois tomamos a virada dos nórdicos.
Ao longo da carreira a dupla vendeu 30 milhões de discos vendidos sendo o álbum de 1990 o mais vendido com mais de 3 milhões de cópias vendidas. O último álbum da dupla, Um sonhador vendeu mais de 2 milhões de cópias sendo lançado depois da morte dele.
Vejamos como a imprensa cobriu a morte do cantor Leandro.
O Globo noticiou a morte do cantor em uma terceira edição e a manchete ocupa parte da primeira página. O matutino carioca publicou três páginas extras.
O Jornal do Brasil também trouxe uma edição mais atualizada e três páginas sobre a morte do cantor na seção registro de seu caderno de cidades.
No dia seguinte O Globo publica caderno de oito páginas e um pôster, o Estadão traz a notícia em duas páginas e o JB traz três páginas. A despedida final foi destaque em O Globo e no Estadão.
A revista Manchete já estava fechada quando teve de reabrir a edição pra dar capa e matéria de oito páginas e a então recém lançada Época deu capa e oito páginas sobre a morte do cantor (eu tive esse exemplar).
Aqui trago um compilado de reportagens exibidas por Globo, Band, SBT, Record e Manchete dos funerais e da repercussão.
E aqui um Globo Repórter especial exibido no dia da morte do cantor.
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