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30 anos de um crime que chocou Brasília, a morte de Marco Antônio Velasco

Hoje faz 30 anos de um crime que estarreceu Brasília e chocou o Brasil, a morte de Marco Antônio Velasco.

Marco Antônio Velasco e Pontes tinha 16 anos e era filho de Valéria Velasco que era jornalista e morava na 316 Norte, bairro de classe média do Plano Piloto. Na tarde do dia 10 de agosto de 1993 Marco Antônio estava na quadra de esportes com amigos quando um grupo de 10 homens sendo cinco menores agrediram covardemente o rapaz que caiu e promoveram dois minutos de puro terror o espancando com golpes de artes marciais. Eles faziam parte da gangue Falange Satânica, oriunda da 405 Norte. Marco Antônio teve traumatismo craniano, rompimento do baço, braços e costelas quebradas. Ele foi internado, mas não resistiu aos ferimentos e morreu dez horas depois. O motivo do crime foi uma discussão entre ele e os membros da gangue

O crime chocou o Brasil pela crueldade e pela forma que foi cometido, á luz do dia. A polícia prendeu 10 acusados de participar do crime e o líder da gangue era Gengis Keyne, na época com 18 anos pois era sobrinho de um delegado de polícia e se apresentou espontaneamente relatando o ocorrido e entregando os companheiros, só depois ficou sabendo da morte de Marquinho e confessou o crime. Gengis foi condenado duas vezes, na primeira foi condenado a 28 anos de prisão sendo reduzido pra 21 em um segundo julgamento em 1999. Mesmo cumprindo pena em regime semiaberto Gengis Keyne se formou em Administração de Empresas e ainda assim descumpriu regras. Os outros integrantes sendo quatro menores chegaram a ficar presos e os quatro menores foram apreendidos e levados ao antigo CAJE - Centro de Atendimento Juvenil Especializado e o outro menor fugiu e nunca foi encontrado. Gengis voltaria a ser preso mais duas vezes por roubo e tráfico de drogas e em outubro do ano passado foi espancado na Vila Planalto por ameaça e falta de pagamento do aluguel.

A mãe de Marco Antônio criou o Convive - Comitê nacional de vítimas da violência onde defendeu a justiça. Valéria Velasco morreu em abril de 2018.

Vejamos como a imprensa brasileira cobriu esse crime e aqui um protesto. Quando teremos os jornais daqui da capital do país com seus acervos oficiais porque o Correio na Hemeroteca continua parado e defasado e o Jornal de Brasília sequer tem intenção, vou ficar esperando até quando? Já a Folha de S.Paulo fechou o acesso de seu acervo que ficou restrito à assinantes e a Veja acabou com seu acervo de forma patética, assim fica difícil contar a história, mas sigamos.







Nos jornais O Globo, Jornal do Brasil e Estadão o assunto ganhou destaque em primeira página e matéria de uma página.

E a revista Manchete deu quatro páginas em matéria na edição do dia 21 de agosto.

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