Hoje faz 40 anos do quarto título brasileiro na Fórmula 1, o bicampeonato de Nélson Piquet.
A temporada de 1983 do mundial de Fórmula 1 foi uma das mais disputadas e Piquet superou a esquadra francesa vencendo por 2 pontos de diferença. Aquela temporada marcou mudanças técnicas como o fim do efeito solo em razão dos acidentes graves somados ao aumento da velocidade dos carros e os assoalhos passaram a ser planos. A categoria vivia a era dos motores turbo e a Brabham contava com propulsores fabricados pela BMW numa revolução tecnológica pra época.
Na temporada de 1983 oito pilotos diferentes venceram corridas. Piquet começou o ano muito bem vencendo em casa o Grande Prêmio do Brasil no extinto autódromo de Jacarepaguá em 13 de março, uma vitória que redimiu o ano anterior em razão de sua desclassificação, desta vez o brasileiro fez uma corrida excelente e venceu. Além do Brasil o brasileiro venceu em Monza e em Brands Hatch. O seu maior rival foi o francês Alain Prost que corria pela Renault. O francês venceu quatro grandes prêmios: França, Inglaterra, Bélgica e Áustria. Correndo por fora havia outro francês, René Arnoux que pilotava pra Ferrari e precisava de uma combinação improvável pra ser campeão.
A última corrida da temporada foi disputada no sábado, 15 de outubro em Kyalami na África do Sul e Prost chegou ao país líder do campeonato e pra ser campeão precisava vencer ou ficar à frente de Piquet pra levar o troféu. Para Piquet chegar à frente de qualquer maneira resolveria tudo e o brasileiro começou bem a briga ficando em segundo, pois a pole foi do francês Patrick Tambay com a Ferrari. Na largada Piquet pulou na ponta e o italiano Riccardo Patrese que era o companheiro de equipe fazia o papel de escudo. Na volta 35 Prost foi pros boxes pra fazer o pit stop, mas os mecânicos detectaram problemas no motor turbo e o francês foi obrigado a desistir da corrida. Sem o rival Piquet decidiu poupar o equipamento pra não forçar a quebra do motor e cedeu a liderança pra Patrese e com o ritmo de corrida sob controle cruzou a linha de chegada em terceiro lugar, resultado mais que o suficiente pra levar o bicampeonato com 59 pontos contra 57 do professor que teve de esperar dois anos pra enfim ser campeão. O bicampeonato de Piquet foi a soma de técnica, inteligência, trabalho em equipe liderado por Gordon Murray que liderava o time de mecânicos e principalmente velocidade sendo o primeiro piloto a ser campeão mundial com um carro equipado com motor turbo. Piquet ainda conquistaria mais um título em 1987 pela Williams, assunto que falei aqui no ano passado.
Vejamos como a imprensa cobriu esse título.
Como a corrida foi no sábado a conquista foi destaque nos jornais do domingo, 16 de outubro. O Correio Braziliense dedicou três páginas assim como o Estadão, O Globo e Jornal do Brasil dedicaram duas páginas, Placar trouxe três páginas na edição de 21 de outubro e Manchete trouxe sete páginas e foi matéria de abertura da edição de 29 de outubro.
E aqui as voltas finais e o pódio da prova com narração de Galvão Bueno em transmissão original da TV Globo.
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