Há exatos 25 anos completados hoje o Brasil assistia estarrecido à um dos casos de violência marcante: O sequestro do ônibus 174.
Na tarde do dia 12 de junho do ano 2000 o país fica chocado quando por volta de 14h20 o ônibus que fazia a linha 174 passava pelo Jardim Botânico quando Sandro do Nascimento entrou. Armado o assaltante pulou a roleta e ficou sentado. Passados 20 minutos um passageiro sinalizou pra uma viatura da polícia militar que passava na rua e o carro seguiu até o ônibus que foi interceptado por dois policiais. Sandro ficou encurralado, o motorista e o cobrador abandonaram o veículo assim como alguns passageiros em pânico. Os que ficaram dentro do veículo viraram reféns e após a liberação do primeiro o assaltante apontou o revólver na cabeça da passageira Janaína Neves obrigando a ela escrever com um batom frases como Ele vai matar geral às seis horas e ele tem pacto como diabo. Uma outra passageira que tinha sofrido dois AVC saiu, pouco tempo depois sofreu outro AVC. A tensão aumentava e num desses momentos o assaltante colocou um lençol sobre Janaína e ameaçou contar até 100. Após diálogos tensos o momento mais tenso aconteceu às 18h50 quando Sandro desceu do ônibus tendo como refém a professora Geisa Gonçalves Firmo que foi usada de escudo. Assim que Sandro desceu um agente do Grupamento de intervenção tático armado de uma submetralhadora tentou atingir o assaltante e ao mesmo tempo Sandro se proetgia. O agente errou o tiro que passou de raspão em Geisa que acabaria sendo alvejada com três tiros disparados pelas costas pelo assaltante. Geisa foi levada, mas não resistiu aos ferimentos morrendo logo depois. Sandro foi imobilizado enquanto a multidão tentava linchá-lo. Conduzido até a viatura Sandro acabou morrendo asfixiado pelos agentes terminando assim as horas de pavor que cometeu. Os policiais acusados de assassinar Sandro do Nascimento foram julgados em novembro do mesmo ano e considerados inocentes. A linha mudou de número passando a ser 158, depois 143 e atualmente Troncal 5. No dia 13 de junho Geisa foi enterrada em Fortaleza, já Sandro foi enterrado em uma cova rasa como indigente. Ele era um dos sobreviventes da chacina da Candelária em 1993, caso que foi relatado aqui. O caso rendeu dois filmes: o documentário Ônibus 174 de José Padilha, lançado em 2002 e Última Parada 174, de 2008 do diretor Bruno Barreto.
Vejamos aqui registros da imprensa brasileira.

As capas de O Globo, Estadão, Jornal do Brasil e Extra e os relatos dos jornais.
As capas de Istoé e Época.



















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