O Contando a História traz em seu último post do ano os 45 anos de um crime que chocou os fãs dos Beatles em todo o mundo, o assassinato de John Lennon. 

 

John Lennon foi um dos nomes mais marcantes da história da música mundial além de ser ativista e fundador da maior banda da história do rock, os Beatles. A banda teve como integrantes Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr e alcançou a fama mundial na década de 1960 até que a banda se separasse e chegasse ao fim em 1970. Nessa época ele já estava atuando em carreira solo com a banda Plastic Ono Band que tinha com sua segunda esposa, a japonesa Yoko Ono. Ao lado de Yoko Ono se engajou nas causas sociais e criou músicas que viraram hinos pela paz como Imagine, Give Peace a Chance e Happy Xmas (War is Over), canção que ficou conhecida no Brasil como Então é Natal gravada por Simone em 1995.

 

Naquela segunda-feira 8 de dezembro de 1980 John Lennon e Yoko Ono estavam retornando ao Edifício Dakota em Nova York após a gravação do álbum Double Fantasy quando Mark David Chapman, então com 25 anos se aproximou do cantor, horas antes ele esteve no estúdio de gravação pedindo um autógrafo na capa do disco. Chapman se aproximou de Lennon chamando de Mr. Lennon, sacou o revólver e disparou cinco vezes contra o músico. O porteiro do predío desarmou Chapman e perguntou: O que você fez? e Chapman respondeu dizendo que atirou em John Lennon. Levado ao hospital St. Luke Roosevelt foi declarado morto pelos médicos devido aos graves ferimentos causados pelo projétil que rompeu a artéria aorta. O edifício foi cercado pelas multidões que não acreditaram no que aconteceu. John Lennon foi cremado e suas cinzas entregues a Yoko Ono que optou por não fazer um funeral. O assassino justificou ter atirado contra Lennon por causa das declarações sobre Deus e a religião daí o seu ódio. Mark David Chapman foi condenado a prisão perpétua e desde o ano 2000 teve vários pedidos de liberdade condicional negados. O caso rendeu várias teorias conspiratórias que jamais foram provadas e três filmes: O Assassinato de John Lennon focado na vida de Mark David Chapman antes do crime, Capítulo 27 - O Assassinato de John Lennon baseado no livro Let me take you down escrito por Jack Jones e The Lennon Report destacando a luta desesperada dos enfermeiros pra salvar a vida do cantor.

Aqui trago os registros da imprensa brasileira.

 

 

 

O assassinato foi no fim do dia 8 e os jornais não registraram nada na edição do dia 9 exceto o Jornal do Brasil que deu uma nota em edição atualizada e tudo ficou pra edição do dia 10 de dezembro, quarta feira.  

  

 

 

As capas das revistas sendo que Manchete incluiu em matéria extra na edição do dia 20 de dezembro e na edição seguinte trouxe as fotos do cantor morto no necrotério do hospital de Nova York. 

E aqui a notícia da morte do cantor em matéria do Jornal Hoje do dia seguinte.  

E esse foi o último post da temporada. E esse ano tive dias difíceis com problemas no PC somado aos meses de internação de meu pai que segue acamado o site teve atrasos e nos últimos dias de novembro fiz uma força tarefa pra deixar tudo em dia. Em 2026 teremos muitas efemérides no cardápio e espero contar com vocês. Um feliz Natal e um próspero ano novo pros leitores do Contando a História. 

Em 3 de dezembro do ano 2000 nosso maior tenista se tornava o melhor tenista do planeta.

Gustavo Kuerten, o nosso Guga alcançava o topo do tênis mundial fechando uma temporada mágica. Quando surgiu em 1997 com aquele visual de surfista naquele uniforme berrante ganhando o torneio de Roland Garros muitos diziam que ele não iria longe, em 1998 teve um ano de altos e baixos caindo no ranking e em 1999 terminava o ano como terceiro do mundo. A temporada de 2000 marcava uma mudança com a adoção da Corrida dos Campeões que ajudava o público a entender como funcionava o ranking. Eles começavam o ano do zero e acumulavam pontos durante a temporada e funcionava paralelo ao tradicional ranking de entradas e ao final da temporada o tenista que tiver mais pontos seria o campeão da temporada e número 1.

 

Guga começou o ano vencendo o ATP de Santiago no Chile sem perder um único set, depois chegou à final do Masters 1000, na época Masters Series de Miami quando venceu na semifinal o americano Andre Agassi, então número 1 e perdeu a decisão pra Pete Sampras que era o número 2. Nos torneios de saibro foi vice em Rpma sendo superado por Magnus Norman e venceu o Masters de Hamburgo vencendo o russo Marat Safin que era uma pedra no seu caminho desde Roland Garros 98. Veio então o torneio de Roland Garros e Guga fez uma campanha perfeita até chegar a final contra o sueco Magnus Norman e no quarto set foram 50 pontos de agonia e depois de 11 match points desperdiçados a vitória veio. Guga era bicampeão no torneio francês dando um passo enorme pra se tornar número 1 no final do ano. Nas Olimpíadas de Sydney o brasileiro era favorito a ganhar a medalha de ouro, mas parou nas quartas de final perdendo pro russo Yevgeny Kafelnikov e depois vieram outros torneios até que chegasse o momento mais importante do ano, a Masters Cup em Lisboa. As partidas foram disputadas em quadra rápida que não era o seu tipo de piso preferido e pra ser número 1 não tinha pra onde correr, tinha de passar pelos grandes tenistas da época. Ao mesmo tempo o tenista se queixava de dores na virilha e chegou a ameaçar não jogar, mas ele foi e jogou. Guga integrou o grupo verde e tinha na chave Norman, Kafelnikov e Agassi e passou em segundo, na semifinal enfrentou Pete Sampras e Guga venceu de virada passando pra decisão e na decisão reencontrou Agassi numa melhor de 5 sets e numa partida impecável venceu Agassi com um triplo 6-4 terminando o ano como número 1, um feito e tanto pro tênis brasileiro e ele ficou 43 semanas como líder do ranking até começar a enfrentar problemas no quadril que foram minando sua condição física até se aposentar em 2008. Depois de Guga nenhum outro tenista brasileiro voltou ao topo, mas agora surgiu um novo tenista que tem grandes condições de repetir ou até mesmo superar o feito de Guga, João Fonseca de 19 anos, apontado pelos especialistas como o sucessor de Guga e futura estrela do tênis, tomara!

Vejamos como a imprensa brasileira registrou os feitos em Roland Garros e Lisboa.

 

 

 

 

 

Aqui os registros da conquista do bicampeonato de Roland Garros nas edições de 12 de junho.

 

 

 

 

 Aqui os registros do dia 4 de dezembro, após a final do Masters Cup em Lisboa. 

 

E aqui o vídeo da conquista com transmisão do Sportv.  

Há 15 anos o Rio assistia a cenas até então inimagináveis e pensar que a recente operação policial que matou 121 pessoas chocou o mundo, 15 anos atrás foi bem diferente.

No dia 25 de novembro de 2010 a polícia carioca tomava o controle do Morro do Alemão expulsando o tráfico do local. Considerado um território proibido pelas forças de segurança cariocas o Morro do Alemão era governado por um estado paralelo, mas naquela quinta feira de novembro de 2010 a PM e o estado deram a reposta. Numa operação que envolveu as polícias civil e militar e a Marinha do Brasil 600 agentes expulsaram em questão de horas os traficantes e as imagens captadas pela TV Globo correram o mundo. Os bandidos acuados e armados com fuzis abandonaram o local em debandada. Três dias depois a PM subia o morro com o uso de veículos blindados passando pelas barricadas erguidas pelos traficantes e os moradores rezavam pra não serem atingidos por balas perdidas. Enquanto a operação corria solta o crime organizado tocava o terror em favelas e comunidades vizinhas e em vários pontos da cidade com ônibus queimados. Após a retomada foi implantada a UPP (Unidade de Polícia Pacificadora), mas o modelo foi um fracasso e 15 anos depois a bandidagem voltou a mandar e não dá pra esquecer o ocorrido no último dia 28 de outubro quando uma operação policial matou 121 pessoas numa mostra de que o tráfico ainda manda no Rio de Janeiro.

Vejamos como a imprensa brasileira cobriu esse fato. 

 

 

 

 

Os jornais do dia 26 destacaram a invasão da polícia ao Complexo do Alemão.

 

  

 

Nas edições do dia 29 a retomada do Morro do Alemão pelos policiais.

 

E as capas das revistas semanais.