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45 anos sem José Carlos Pace, o Moco

Ontem fez 45 anos da morte de um piloto que para muitos tinha enorme potencial para ser campeão mundial de Fórmula 1 e o Contando a História traz lembranças de José Carlos Pace.

José Carlos Pace nascido em 6 de outubro de 1944 começou no automobilismo aos 19 anos disputando provas de turismo e em 1970 foi campeão inglês de Fórmula 3. Em 1971 venceu em Ímola e recebeu o convite da Ferrari pra disputar o campeonato de esporte protótipo e em 1973 ficou em segundo lugar nas 24 Horas de Le Mans.

Em 1972 chegou à Fórmula 1 dirigindo uma Williams só que era um March da temporada anterior e conseguiu dois ótimos resultados para a escuderia que era uma das mais pobres na épica chegando em quinto na Bélgica e sexto na Espanha somando três pontos no campeonato (Na época os seis primeiros colocados pontuavam). Em 1973 veio o convite da Surtees e terminou 7 provas tendo como melhor resultado o pódio no GP da Áustria chegando em terceiro. Ficou na equipe até a metade do campeonato de 1974 indo para a Brabham e no último GP daquele ano em Watkins Glen foi o segundo colocado. 


E veio a temporada de 1975, a melhor dele e no dia 26 de janeiro em Interlagos vencia o Grande Prêmio do Brasil, sua única vitória na Fórmula 1 e com dobradinha brasileira pois Emerson Fittipaldi, então bicampeão mundial chegou em segundo com a McLaren. No final da temporada somou 24 pontos ficando em sexto lugar. Na temporada de 1976 a equipe apostou nos motores da Alfa Romeo que consumiam muito combustível e extremamente pesados e o piloto fez apenas 7 pontos. Para 1977 a expectativa era de grandes resultados e logo no primeiro GP, o da Argentina um bom segundo lugar o que animou o piloto para o GP do Brasil duas semanas depois. Em Interlagos Pace largou bem e manteve a ponta até cometer um erro na saída da Curva 3 e ser ultrapassado por James Hunt, pouco tempo depois rodou na Curva 3 que naquele ano foi recapeada e nove carros ficaram naquele ponto do antigo traçado de quase 8 quilômetros. Seu último GP foi na África do Sul, corrida em que morreu num dos mais bizarros e estúpidos acidentes da história o galês Tom Pryce.

Na tarde do dia 18 de março de 1977 Pace estava ao lado de Marivaldo Fernandes quando o avião monomotor bateu em uma árvore na Serra da Cantareira, a mesma do acidente com o grupo Mamonas Assassinas em 1996. Pace morreu na hora. O avião havia decolado do Campo de Marte e veio uma forte tempestade que ocasionou o acidente. Sua morte comoveu o país e em 1985 o Autódromo de Interlagos passou a se chamar autódromo José Carlos Pace em homenagem ao piloto.

Aqui temos os relatos da imprensa na época.

- A revista Placar dedicou quatro páginas e meia para relatar a morte de Pace na edição de 25 de março.


- A revista Manchete do dia 2 de abril dedicou capa e oito páginas sobre a trajetória de Moco.





- Nos jornais do dia 20, um domingo a repercussão do acidente que matou Pace ganhou a primeira página. Aqui Correio Braziliense, O Globo, Jornal do Brasil, Folha de S.Paulo e O Estado de S.Paulo.



- E aqui as matérias sobre a morte do piloto sendo que Folha e Estadão deram duas páginas e os demais uma.

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