Publicidade

30 anos do Dream Team, um time de sonhos do basquete

Há exatos 30 anos completados hoje surgia um time que encantou multidões e elevou pra sempre o nível do basquete mundial. Estamos falando do surgimento do Dream team, o time dos sonhos de basquete dos Estados Unidos.

O Dream Team surgiu depois que os Estados Unidos foram derrotados na semifinal olímpica de Seul em 1988 pela extinta União Soviética, a mesma que nos jogos de Munique em 1972 impôs uma derrota em uma final polêmica e dois anos depois no mundial da Argentina perdeu para a Iugoslávia. Na época jogadores universitários eram costumeiramente chamados para jogar pela seleção do país. Isso começou a mudar em abril de 1989 quando uma assembleia da FIBA - Federação internacional de basquete mudou uma regra abrindo a possibilidade de jogadores profissionais de disputarem os torneios internacionais. E a prévia do que viria em Barcelona veio no torneio Pré Olímpico de Portland, no Oregon em junho de 1992 com seis vitórias avassaladoras variando a diferença de pontos de 38 até 79 pontos, verdadeiros passeios.

Pela primeira vez na história jogadores que disputavam a NBA, a liga profissional de basquete estavam reunidos. A nata do basquete junta contava com nomes consagrados como o armador do Utah Jazz John Stockton, Karl Malone, Charles Barkley do Phoenix Suns, Patrick Ewing do New York Knicks e as estrelas máximas da companhia: Larry Bird, ala do Boston Celtics, o fenomenal Michael Jordan do Chicago Bulls, o Pelé do basquete e Earvin "Magic" Johnson, armador do Los Angeles Lakers que em novembro de 1991 declarou ser portador do vírus da AIDS, o HIV. Pra comandar todas essas feras foi escolhido Chuck Daly.

Os jogos do torneio de basquete na Olimpíada de Barcelona foram disputados no Palau d'sports de Badalona, município da cidade catalã e quem compareceu ao ginásio nunca vai esquecer do show de bola que os astros do basquete deram lá em oito partidas memoráveis. 


E o primeiro jogo foi contra a seleção de Angola e logo de cara um massacre. Vitória com 68 pontos de vantagem sobre os africanos: 116 x 48 e Barkley foi o cestinha da partida com 24 pontos.


O segundo jogo foi contra a Croácia, base da antiga Iugoslávia que contava com astros que jogavam na NBA como Drazen Petrovic que morreria um ano depois em acidente de carro, Toni Kukoc e Dino Rajda. A vitória foi de "apenas" 33 pontos de diferença: 103 x 70 e Michael Jordan foi cestinha. O terceiro jogo foi contra a Alemanha e a vitória foi tranquila: 43 pontos de diferença e no placar 111 x 68.

 



E aí veio a vez do Brasil sofrer pesadelos. Foi uma aula de basquete como definiu a manchete do caderno de esportes do jornal O Globo no dia seguinte ao passeio americano por 127 x 83 com Oscar Schmidt fazendo 24 pontos, insuficientes para deter Jordan e Cia. Charles Barkley foi o cestinha do jogo com 30 pontos. Depois da partida os jogadores brasileiros tietaram os craques. 

O último jogo foi contra os anfitriões e mais um passeio: 122 x 81. Nas quartas de final mais uma vitória monstruosa, 115 x 77 sobre Porto Rico. Na semifinal contra a seleção da Lituânia que havia eliminado o Brasil nem mesmo o gigante Arvydas Sabonis de 2,21 e Marciulionis foram capazes de parar o show americano e a vitória de 127 x 76 sacramentou a ida para a final. 



E na final o reencontro com o time da Croácia e desta vez a diferença foi menor: 32 pontos de diferença e o placar de 117 x 85. Fecho de ouro para uma campanha memorável e a medalha de ouro no peito do primeiro e único time dos sonhos que em 2010 foi agraciado com a entrada no Hall da Fama da FIBA. Depois tivemos outras versões, umas fajutas mas a original e autêntica ficou pra sempre. Barcelona ainda teve um outro dream team, só que no vôlei e era nosso, mas isso fica pra uma outra conversa.

CONVERSATION

0 $type={blogger}:

Postar um comentário