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20 anos do crime que chocou o país: A história da filha que mandou matar os pais

Há exatamente 20 anos atrás os brasileiros viram um dos mais horrendos crimes da história em todos os tempos.

O casal Manfred e Marisia Von Richthofen viviam em uma mansão no bairro do Campo Belo, região de classe média alta de São Paulo. Ele era engenheiro da Dersa, companhia de transporte ferroviário paulista e ela era psiquiatra. O casal teve dois filhos: Andreas e Suzane. A filha de família rica conhece num belo dia Daniel Cravinhos e os dois começaram o namoro sem o consentimento dos pais. Mesmo às escondidas Suzane e Daniel continuaram o romance. 


No final de outubro de 2002 os dois começaram a arquitetar o plano para matar os pais. O plano foi executado no dia 31. Inicialmente Suzane desligou o alarme e as câmeras de vigilância da casa dando guarida pros assassinos que entraram no quarto do casal armados de porretes e com luvas cirúrgicas desferindo golpes de porretes e barra de ferro nos dois que morreram. Daniel atacou Manfred e Christian Cravinhos atacou Marísia. Enquanto a dupla executava o crime Suzane criava uma falsa cena de roubo espalhando as joias da mãe e R$ 10 mil. Logo depois de cometerem o crime os três deixaram a casa passando depois em um cibercafé onde Andreas estava e propositadamente o trio o deixou para não atrapalhar a execução do crime. O crime parecia sem solução até que no dia 8 de novembro Suzane confessou ter mandado matar os pais e a polícia desvendou o crime através das pistas deixadas na casa. Mesmo tendo ido ao enterro dos pais Suzane demonstrava tristeza, mas depois que a farsa foi desmascarada ela acabou tendo de confessar. Os irmãos Cravinhos foram presos em seguida sendo transferidos para o presídio feminino do Carandiru e nos presídios de Belém 1 e 2. Suzane seria solta por um habeas-corpus em 2005, mas voltaria a ser presa após uma entrevista ao Fantástico da TV Globo que mostrou a farsa montada pela defesa da ré. Os três foram julgados em 2006, inicialmente seria no mês de junho, mas uma manobra jurídica da defesa adiou o julgamento pro mês seguinte e no dia 22 de julho saiu a sentença: Suzane foi condenada a 39 anos e seis meses de prisão junto de Daniel, o irmão Christian pegou pena de 38 anos e meio por homicídio. Os irmãos Cravinhos ganharam em 2013 o direito de passarem a cumprir pena em regime semiaberto, já Suzane foi beneficiada em 2014 com a progressão da pena podendo trabalhar de dia e dormir na prisão e em maio de 2016 acabou confinada em uma cela no presídio de Tremembé pois cometeu infração e acabou voltando pro regime fechado. 

Segundo estimativas a herança do casal morto está avaliada em R$ 11 milhões e a herança seria entregue a Andreas, pois Suzane foi excluída da partilha de bens pois foi considerada indigna. O caso rendeu dois livros: O quinto mandamento escrito por Ilana Casoy e Suzane - Crime e Punição escrito pelo jornalista Ulisses Campbell, depois mudado o título para Suzane - Assassina e manipuladora. No cinema dois filmes foram lançados no ano passado: A menina que matou os pais e O menino que mandou meus pais, ambos dirigidos por Maurício Eça com Carla Diaz fazendo o papel da assassina.

Vejamos como a imprensa cobriu o caso;



O Estadão deu em manchete de primeira página na edição do dia 1º de novembro o crime que foi destaque na capa do caderno de Cidades:

 
 
 
 
 
 



 

A confissão de Suzane foi destaque no Globo e no Estadão do dia 9 de novembro além de capa nas revistas Istoé e Época. 

A capa de Veja em abril de 2006 por ocasião da entrevista que ela deu ao Fantástico.

 



E finalizamos com a repercussão do julgamento no Estadão em julho de 2006.

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