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40 anos sem a guerreira Clara Nunes

Há exatos 40 anos completados hoje a MPB perdia sua guerreira, Clara Nunes.

Clara Nunes era considerada uma das vozes mais lindas e uma das melhores intérpretes da nossa música além de profunda conhecedora das danças e tradições africanas acbou se convertendo à umbanda levando a cultura afro-brasileira para suas canções e vestimentas. Apaixonada pela sua escola do coração, a Portela gravou canções compostas pelos integrantes da escola de samba e também, rompeu a barreira das 100 mil cópias vendidas quebrando um tabu de que mulher não vendia disco e durante sua carreira vendeu mais de quatro milhões de discos. Dentre suas músicas de sucesso destaca- se Morena de Angola, Guerreira, Feira de Mangalô e Canto das três raças. 

No dia 5 de março de 1983 a cantora se submeteu a uma simples cirurgia de varizes, mas teve uma forte reação alérgica a um componente do anestésico e teve uma parada cardíaca entrando em coma durante 28 dias e ao mesmo tempo surgiram notícias sensacionalistas na imprensa dizendo que Clara passou por inseminação artificial, aborto, tentativa de suicídio entre outros, mas nada disso foi confirmado. 

Na madrugada do sábado de aleluia, 2 de abril Clara morreu devido ao choque anafilático e houve uma sindicância para apurar a real causa da morte. Clara foi velada na quadra da Portela que recebeu 50 mil pessoas e o sepultamento ocorreu no Cemitério São João Batista. Em sua homenagem a rua onde fica a quadra da Portela recebeu o seu nome, no ano seguinte (1984) a Portela com o enredo Contos de Areia venceu o carnaval dividindo com a Mangueira que foi supercampeã no ano da inauguração do Sambódromo, tema que abordarei no ano que vem quando se completam 40 anos e voltou a homenagear em 2019.

Vejamos como a imprensa brasileira cobriu o fato.




O Globo foi o primeiro jornal a noticiar o ocorrido na edição do dia 10 de março com a manchete Clara Nunes em estado grave. Manchete deu capa e matéria inicial na edição do dia 26 de março.












Os jornais do dia 3 de abril, domingo de Páscoa deram destaque aos funerais da cantora. O Globo dedicou quatro páginas, CB, JB, Folha e Estadão deram uma página e Manchete trouxe seis páginas sobre o funeral. 

 

E aqui trago o musical de Morena de Angola exibido no Fantástico em 1980, ano do lançamento de Brasil Mestiço.

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