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35 anos do sequestro do voo 375, a tentativa frustrada de um louco que queria jogar um avião no Palácio do Planalto

Há exatamente 35 anos atrás um caso inusitado chamou atenção e mexeu com o país.

No dia 29 de setembro de 1988 a tripulação do Boeing 737 que fazia o voo 375 da extinta companhia aérea Vasp se preparava para servir a refeição foi surpreendida quando Raimundo Nonato da Conceição se levantou e foi até a cabine do piloto do avião. Lá começou uma tentativa de sequestro do avião. O desempregado sacou uma arma calibre 32 e puxou o gatilho contra um comissário de bordo. Depois de atirar no comissário o maluco atirou em torno da maçaneta da cabine e entrou na cabine dando ordens pro piloto Fernando Murilo Lins e Silva para mudar a rota pra Brasília. O plano kamikase dele era atirar o avião no Palácio do Planalto e o objetivo era de assassinar o então presidente José Sarney. Ele havia voltado ao país depois de dois anos no Iraque e quando voltou ficou sem dinheiro e por isso embarcou no avião carregado de quase 100 projéteis e conseguiu passar livre pelo detector de metais, já que a segurança era precária nos aeroportos. O piloto ao temer a queda pediu pro co-piloto Salvador Evangelista passar a mensagem pro Cindacta (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de tráfego aéreo) que pediu mais informações e quando Evangelista se abaixou o sequestrador o matou com um tiro na cabeça. O piloto se manteve calmo o tempo todo e conseguiu enganar o sequestrador que mandou desviar a rota pra São Paulo, mas o piloto alertou que o avião não teria combustível, então o avião fez uma manobra de altíssimo risco, o tonneau, um giro completo em seu eixo em forma de parafuso e o sequestrador acabou ficando desacordado, o suficiente pra aeronave pousar no aeroporto de Goiânia. Na segunda parte o sequestrador libertou os feridos e fez a tripulação refém e queria uma outra aeronave com destino à Brasília. Depois de cinco horas de negociação ele foi rendido, mas ao se assustar com a presença dos agentes de polícia houve tiroteio e o criminoso foi atingido nas nádegas e nos rins, foi levado ao hospital mas morreu cinco dias depois de forma misteriosa e suspeita. Segundo o médico legista que atestou o óbito Raimundo morreu de anemia, mas o mistério ficou. 

Esse caso que deu o que falar vai virar filme com estreia prevista pro mês de dezembro, Sequestro do voo 375 dirigido por Marcus Baldini e roteiro de Luisa Silvestre. O filme tem no elenco Jorge Paz no papel do criminoso e Danilo Granghea no papel do piloto que impediu a tragédia. O longa-metragem teve como base os trabalhos de pesquisa do jornalista Constâncio Viana Coutinho que estudou o episódio. 

Acompanhe como esse fato foi coberto pela imprensa brasileira. 











Nos jornais do dia 30 o caso ocupa parte das primeiras páginas do Correio Braziliense, O Globo, JB e Estadão com o CB e JB dando duas páginas, O Globo deu quatro e Estadão deu três páginas. A revista Manchete na edição datada de 15 de outubro deu seis páginas sobre o tema.

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