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15 anos do Mensalão do DEM, o escândalo político que abalou o Distrito Federal

Há exatos 15 anos uma denúncia mudaria os rumos do governo de José Roberto Arruda e ficaria marcada na história do DF.




O episódio conhecido como Mensalão do DEM foi originado pela Operação Caixa de Pandora da Polícia Federal e dos depoimentos de Durval Barbosa. Durval era delegado e no dia 27 de novembro acabou sendo exonerado pois ele estava envolvido no esquema de pagamento de propina a parlamentares da Câmara Legislativa. Durval então resolveu colaborar nas investigações e em troca do cumprimento da pena decidiu revelar o que sabia acusando o então governador José Roberto Arruda de ser o beneficiário no esquema de desvio de verbas. No mesmo dia Arruda exonera quem estava envolvido na investigação. Foram divulgados vídeos gravados por Durval Barbosa e num deles o então distrital Leonardo Prudente foi flagrado com dinheiro na meia. Em outro vídeo Durval conversa com Arruda para definir a partilha do dinheiro. Em 30 de novembro é divulgado vídeo em que Arruda foi flagrado recebendo R$ 50 mil. Outros distritais que também receberam dinheiro de Durval foram Júnior Brunelli e Eurides Brito. Em outro vídeo Brunelli se reúne com Prudente e Durval e realizam uma oração pela propina.




A Polícia Federal então conclui que Arruda era apontado como o comandante do esquema e rebateu inicialmente acusando o ex-governador Joaquim Roriz (falecido em 2018) de ter iniciado o esquema. No dia 10 de dezembro Arruda se desfilia do Democratas e anuncia que não disputaria a eleição onde tentaria se reeleger.  Não demoraria muito pra que pedidos de impeachment fossem aceitos contra ele e o vice-governador Paulo Octávio. A crise política seguiu e em 11 de fevereiro de 2010 Arruda seria preso por tentativa de suborno ao jornalista Edson Sombra. Era a primeira vez que um governador de estado iria pra cadeia. Com isso Paulo Octávio assumiu, mas sem apoio político renunciou ao mandato e Wilson Lima assumia o cargo de governador e foram realizadas eleições indiretas em abril e Rogério Rosso foi eleito governador tampão e completou o mandato de Arruda. O pedido de intervenção federal foi arquivado em junho de 2010.
 
Vejamos como a imprensa cobriu o fato na época.
 
 
 
 

 


 
Os jornais do dia 28 de novembro deram grande destaque ao caso. O Correio Braziliense destacou em chamada de primeira página assim como O Globo e o Estadão. 
 

 


 




 
As edições de 12 de fevereiro de 2010 estamparam a prisão de Arruda na primeira página. Na época eu assinava o Correio Braziliense e recebi essa edição antes de viajar.
 
 
A revista Época já extinta deu capa e matéria sobre a prisão e comprei o exemplar. 
 



 
 

 
A renúncia de Paulo Octávio também foi destaque nos jornais.

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