35 anos do bicampeonato de Ayrton Senna na Fórmula 1, o ano da vingança

Tudo começa no GP do Japão de 1989, uma corrida polêmica em que Senna e Alain Prost duelaram e na tentativa de ultrapassagem de Senna houve o choque e os dois pilotos foram pra fora da pista. Prost abandonou e Senna prosseguiu, voltou à prova, reparou o bico e passou por Alessandro Nanini pra vencer, minutos depois foi desclassificado por cortar a chicane. O resultado revoltou Senna que acusou publicamente o presidente da FIA,o francês Jean Marie Balestre de ter manipulado o resultado pra favorecer Prost que foi tricampeão. Balestre então ameaçou suspender a superlicença de Senna pra temporada de 1990 exigindo que ele se retratasse publicamente. Com a interferência da McLaren o piloto brasileiro pediu desculpas e foi liberado pra participar da temporada. O grid de 1990 teve um redesenho com a ida de Prost pra Ferrari enquanto Senna permanecia na McLaren tendo como novo companheiro de equipe seu amigo Gerhard Berger. A temporada começou nos Estados Unidos nas ruas de Phoenix e Senna travou um emocionante duelo com o francês Jean Alesi que pilotava uma Tyrrell. Senna levou a melhor no braço e venceu a primeira do ano. O segundo GP foi em São Paulo que voltava à receber uma corrida da categoria depois de 10 anos no Rio de Janeiro. O autódromo de Interlagos sofreu uma reforma que reduziu pela metade o antigo traçado de quase 8 pra 4 quilômetros e Senna largou na pole, disparou e tinha tudo pra vencer, mas encontrou pela frente o retardatário Satoru |Nakajima. O japonês que foi companheiro de Senna na Lotus freou no ponto mais lento do circuito e houve o choque que danificou a asa dianteira do carro de Senna que foi pros boxes e a vitória acabou nas mãos de Alain Prost que vencia pela sexta vez a prova. Em Ímola a corrida acabou logo cedo com um pneu furado, em Mônaco Senna controlou a prova do começo ao fim e venceu pela terceira vez em quatro anos, no Canadá Senna guiou sob chuva intensa e levou a terceira com Nélson Piquet chegando em segundo. No GP do México outra vez Senna sofreu com um pneu furado e Prost levou a prova, nas corridas da França e Inglaterra Prost levou e Senna subiu ao pódio com dois terceiros lugares e o francês assumia a liderança. Na Alemanha Senna reagiu e venceu a quarta prova no ano, na Hungria chegou em segundo atrás de Thierry Boutsen, na Bélgica a corrida teve três largadas e Senna venceu a quinta corrida na temporada, na Itália finalmente veio a vitória em Monza e Prost foi o segundo colocado. Em Portugal o brasileiro foi segundo colocado e na Espanha ele teve problemas e abandonou. Então o campeonato chegava ao clímax em Suzuka. Um ano depois os dois rivais estavam novamente lado a lado e largaram na primeira fila. A corrida durou 10 segundos quando houve a colisão na primeira curva e a vantagem era de Senna que conquistou o bicampeonato e de quebra uma vingança pessoal contra o sistema. A corrida do Japão teve dobradinha verde amarela com Nélson Piquet vencendo e Roberto Pupo Moreno em segundo. Na última corrida do ano na Austrália Senna liderou 61 das 81 voltas da corrida até errar a marcha e bater nos pneus. Piquet assumiu a liderança e venceu a segunda corrida seguida fechando a temporada em terceiro.