Há exatos 50 anos completados hoje a cidade de São Paulo viveu uma tragédia que jamais será esquecida.
O incêndio do edifício Joelma foi um trauma que os paulistas viveram e nem tinha dois anos de um outro incêndio, o do edifício Andraus ocorrido em 1972 que matou 16 pessoas. O edifício foi inaugurado em 1971 e foi alugado pela empresa Crefisul, banco de investimentos. No dia 1º de fevereiro de 1974, uma sexta-feira chuvosa um curto circuito em um aparelho de ar condicionado no 12º andar deu início á tragédia. O fogo se alastrou rapidamente pelos demais andares e o material que tinha nas salas e escritórios era composto por divisórias de madeira, piso de carpete e tecidos de fibra sintética, materiais altamente inflamáveis e que contribuíram pro alastramento do fogo e segundo matéria do Jornal do Brasil o calor passou dos 900ºC. As escadas íngremes ficaram inacessíveis e os corredores eram bem estreitos, não havia na época escadas de incêndio e muitas pessoas sem ter onde correr tentaram escapar do fogo pelos elevadores e os bombeiros tentaram agir em meio à confusão armada pela Polícia Civil, os helicópteros não conseguiram pousar no terraço escaldante e as escadas Magirus que tinham 40 metros não conseguiram alcançar os andares mais altos e no desespero pessoas se atiraram para a morte. Ao todo 1500 homens do Corpo de Bombeiros atuaram no resgate. O saldo da tragédia foi de 188 mortes e 300 feridos que torna o segundo pior incêndio só sendo superado pelo colapso das Torres Gêmeas em 2001. Investigação feita meses depois apontou falha no sistema elétrico e responsabilizou o Crefisul e a Termoclima, responsável pela manutenção elétrica na época e em abril de 1975 os responsáveis foram condenados a penas entre 2 e 3 anos de prisão. Durante muito tempo rumores de que 13 pessoas que morreram na tragédia e que jamais foram identificadas foram encontradas no elevador tentando fugir do fogo e seus corpos totalmente carbonizados foram retirados e separados. Várias obras sobre a tragédia foram lançadas e o edifício atualmente é denominado Praça da Bandeira.
Vejamos como a imprensa registrou esse fato.
Os jornais O Globo e Estadão registraram a tragédia com o Estadão dando quatro páginas e O Globo três. O caso foi capa de Veja com a manchete Fogo e morte outra vez e Manchete trouxe foto do incêndio com a manchete Tragédia paulista e muitas fotos coloridas.
Aqui um documentário de 22 minutos contando toda a história desse incêndio tenebroso que marcou a vida de São Paulo para sempre.
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