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30 anos do tetra, a Copa que ficou marcante na memória

17 de julho de 1994, há exatos 30 anos o Brasil soltava um grito preso na garganta que estava entalado desde 1970. 

A seleção brasileira era tetracampeã numa Copa do Mundo que ficou marcada pra sempre e ajudou a elevar ainda mais a autoestima do brasileiro que andava em baixa diante de tantos problemas e o luto pela morte de Ayrton Senna. Mas nem tudo foram flores na caminhada. O Brasil vinha de uma Copa fracassada na Itália em 1990. Apos o mundial Sebastião Lazaroni foi demitido e a CBF apostou em Paulo Roberto Falcão, mas ele não foi bem e saiu após um ano. 



Então a CBF chamou pra missão uma dupla que deu certo no tri, só que em papéis invertidos. Carlos Alberto Parreira seria o técnico com Zagallo atuando como coordenador. A saga da dupla teve um capítulo turbulento nas eliminatórias em 1993. O Brasil perdeu seu primeiro jogo na história pra Bolívia e a torcida andava em descrédito e foi então que a dupla teve de recorrer ao salvador da pátria. O baixinho Romário deixou de lado as brigas e no jogo contra o Uruguai no Maracanã fez dois gols e colocaram o Brasil na Copa do Mundo.

A seleção chegou aos EUA em 25 de maio e ficou concentrada em Santa Clara na Califórnia. E foram sete batalhas tensas e que tiveram final feliz.






 


A estreia contra a Rússia foi em 20 de junho no estádio da Universidade de Stanford em Palo Alto e o Brasil estreou bem vencendo com gols de Romário e Raí.




O segundo jogo foi contra Camarões e os Leões Indomáveis não foram páreo pros brasileiros que venceram de forma tranquila com gols de Romário, Márcio Santos e Branco.




O terceiro e último jogo na fase de grupos foi contra a Suécia no estádio Silverdome de Detroit, um estádio coberto e a torcida chiou não gostando do desempenho do time que empatou com os suecos terminando em primeiro.







4 de julho, dia da independência dos EUA, jogo eliminatório entre Brasil x EUA e o clima é tenso e pra piorar Leonardo é expulso por conta da cotovelada em Tab Ramos. O Brasil cria, mas uma jogada de Romário encontra Bebeto que marca o gol do alívio.






Nas quartas de final um dos jogos inesquecíveis da Copa contra a Holanda em Dallas. Depois do primeiro tempo sem gols, o segundo foi emocionante e o Brasil abre 2 x 0 com Romário e Bebeto que na comemoração embalou neném com Mazinho e Romário, só que a Holanda reagiu e empatou com Bergkamp e Winter, mas Branco numa cobrança de falta fez o gol da classificação pra semifinal.



Na semifinal o Brasil enfrentou novamente a Suécia no Rose Bowl e o Brasil dominou o jogo e depois de 80 minutos fez o gol com ele, Romário. Estávamos novamente na final.





 
 

 







E como em 70 a adversária era a Itália e na ocasião as duas decidiram quem seria o primeiro tricampeão e foi o Brasil com um timaço que entrou pra história e ficou com a Taça Jules Rimet pra sempre e anos depois foi roubada e derretida. Agora as duas seleções lutavam pra ver quem seria o primeiro tetracampeão. O Brasil é superior e mostra mais preparo físico e a Itália por sua vez vê seus dois principais jogadores, Baresi e Baggio jogando no sacrifício. O gol não saiu nos 90 minutos e na meia hora de prorrogação e o jogo então vai pra decisão por pênaltis. Logo na primeira cobrança italiana Baresi manda pra fora, na sequência Márcio Santos perde pois o goleiro Pagliuca defendeu, Albertini, Romário, Evani e Branco converteram suas cobranças. Na quarta cobrança italiana Taffarel defendeu a cobrança de Massaro, Dunga então foi pra cobrança e fez e ficou nos pés de Roberto Baggio a esperança italiana, mas ele chutou pra fora e o Brasil foi tetracampeão. Era o fim de um jejum de título em Copas do Mundo. O país entrou em êxtase de norte a sul numa alegria contida. Os jogadores se abraçaram e dedicaram a conquista ao tricampeão Ayrton Senna, morto em acidente no GP de San Marino dois meses antes. Dunga ergueu a Taça FIFA xingando os fotógrafos que estavam à sua volta pra registrar o momento. 

Claro que falei em outras ocasiões que a Copa de 1994 ficou gravada na minha memória não só pela conquista, mas também por colecionar os jornais e montar um álbum que está comigo até hoje além de ter visto a chegada do time no Palácio do Planalto. Por isso que esta Copa é inesquecível na minha vida.

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